segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

A Restauração no Amor

A Bíblia nos fala do pecado, por meio de histórias, principalmente.
O pecado em questão começou com uma fagulha de lasciívia comum do rei Davi, talvez o maior líder na história de Israel, que espiou, do seu terraço, uma mulher casada que se banhava. A história termina em adultério e assassinato.
Curiosamente, o relato desse famoso pecado traz um tema central: um relacionamento rompido com Deus. "Contra ti, só contra ti, pequei..." (Sl 51.4), orou o rei Davi depois de ser pego. Uma reação extraordinária, se considerarmos que seus pecados haviam sido adultério e assassinato. Os que morreram por conseqüência de sua transgressão perderam a importância, à medida que Davi teve de lidar com os efeitos subseqëntes mais graves de seus delitos.
Esse acontecimento mostra que o pecado interrompe o contato entre os mundos natural e espiritual, nos desliga da verdadeira fonte de que precisamos para combatê-lo.
A história de Davi, contada com todos os detalhes sórdidos, nos dá um exemplo de comunicação com o mundo espiritual que foi interrompida e depois restaurada.
Não há nenhum segredo mágico para restaurar o contato com Deus. Na verdade, obedece ao mesmo caminho básico necessário para restaurar qualquer relacionamento rompido, seja familiar, seja com o cônjuge, seja com um amigo. O caminho começa com a culpa e termina com a restauração.
Vamos refletir sobre esse tema. E, creia:
O casamento chama ambos os parceiros, diariamente, a amar, perdoar e permanecer fiel - um trabalho árduo que só faz sentido se estivermos, de algum modo, convencidos de que somos participantes em um tipo de história estabelecida na eternidade.
Para a maioria de nós, anos são necessários, às vezes toda uma vida, para percebermos o significado da união com outra pessoa. Aprendemos quando ir em frente e quando recuar. Quando silenciar e quando impor um desafio.
À medida que duas pessoas independentes compartilham um realidade em comum, ocorre aos poucos um tipo de transfiguração. Surge um "segundo amor" naquela velha, quase desgastada, adormecida, porém ainda viva paixão.
Vamos pensar nisso com carinho!
"Quando presencio o fim de um casamento, porque um dos cônjuges é tomado de paixão por outra pessoa, fico tão triste como se fosse a morte de uma criança".


Excertos de textos do livro Rumores de Outro Mundo, a realidade sobrenatural da fé, de Philip Yancey, pp. 93-94 e 139-140

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